# 186 when airwaves swing distant voices sing

# 185 20 anos sem Raul: GRAÇAS A DEUS!!

Putz, lá se vão 20 anos sem Raul. Que ótimo!!! Não aguentava aquele maleta pseudo-mutcholoko que estava sempre por aí com o visual sujo e as músicas copiadas de rocks tradicionais norte-americanos. Pior que isso só ele se associar ao conteiner sem alça do Marcelo Nova para uma última turnê. Não desejo isso para o pior inimigo!

Mas graças a deus em 20 anos o afã de Raul diminuiu um bocado. Até porque os Rauls Covers vão acabar morrendo de cirrose mesmo, e eu duvido que essa molecada vá sair por aí cantando as músicas dele. Então o futuro dele é o mesmo do Renato Russo: o ostracismo.

# 184 Les Paul RIP

Ontem à noite ouvi, no carro, na Kiss FM, com a voz de um locutor ridículo que não lembro o nome mas se acha o melhor do mundo e dá até palestras de oratória, mas é um boçal que não sabe falar, a notícia da morte do Les Paul. Confesso que não conhecia muito do cara só, of course, de sua legendária guitarra que, apesar de bem pesada (no sentido literal da palavra), é usada por grande parte dos mais significativos roqueiros.

Só conheci sua obra musical quando me tornei o fiel depositário de uma belíssima coleção de discos do amigo e irmão gêmeo João Erbetta, enquanto ele se aventura pela América. Um CD quádruplo chamado Isle of Golden Dreams traz nada menos que 98 tracks do cara que foi praticamente o inventor do overdub. Show.

PS - Erbetta acaba de me corrigir, direto de NY, dizendo que ela nem é tão pesada assim. E de guitarra ele entende... Então fica corrigido: uma guitarra mezzo pesada... hehehe

# 183 Ai, o folk me cansa.

Uma banda chamada Beirut (não o sanduíche) é a nova coqueluche paulistana. Pessoas vão pagar 90 doletas por um show no Via Funchal, que vende a deliciosa cerveja Itaipava quente a seis lascas e que em algumas semanas receberá a imperdível banda Twisted Sisters. Wow, que programão. O Beirut é o Gogol Bordello deste ano. Lembra do Gogol Bordello, a banda folk que fez nossos jovens terem orgasmos múltiplos uns dois anos atrás? Aquela deliciosa mistura de folk com qualquer outra coisa, a maior revolução da década, um som super antenado, que dez entre dez modernos adoraram? E por onde anda Gogol Bordello? Deve ter se juntado na sua turminha dos barba e hoje deve estar nas já clássicas apresentações de maracatu que rolam todos os fins de semana em algum lugar de São Paulo. Ou então está vendendo araminho trançado na Republic Square de NY. É o que o Beirut fará ano que vem.

E vamos combinar, folk é uma coisa MUITO chata. Se já era chato pra caralho na década de 60 com Bob Dylan e Joan Baez, imagina agora, diluído por moderninhos que deixam a barba crescer e fazem um som com músicos de diversos países. Jesus Cristo. Onde esse mundo vai parar?

Para quem ainda acha que folk é legal, vejam o mestre Bob Dylan:

# 182 Alô, Lombardi?

Gente, acabei de receber uma ligação do Lombardi, ele mesmo, do Seu Sílvio. Ele me convidava para conhecer a nova loja do Banco Panamericano. Segundo ele, é aqui pertinho, em Pinheiros mesmo. Claro, era uma gravação. Mas não deixa de ser uma idiota ferramenta de marketing. Quem iria acreditar nisso? Bom, pelo visto, muita gente, já que eles gastam uma nota em telefonemas. Ou talvez a telefonica também seja do Seu Sílvio. Ou um marketeiro muito bom de lábia convenceu a equipe do Seu Sílvio que isto funciona. E, claro, cobrou o dobro, pois afinal, marketeiro vive disso...

# 181 La Femme d'Argent

Moon Safari, do Air, foi um disco fundamental na minha e na vida de muita gente. Impossível esquecer aqueles climas criados a partir de uma sonoridade vintage, as ambiências que servem tanto para uma noite e amor gostoso quanto de um descanso merecido ao lado de uma janela admirando a paisagem. E pensar que foi lançado em 1998. Há uma edição especial de 10 anos, com um CD extra e um DVD. A banda criou também um site especial para que todos pudessem relatar sua primeira experiência com o disco. Vale a pena.