25.9.09

# 192 Alice Pink Pank



Alice Pink Punk é a deusa esquecida dos anos 80. A proto-non-blondie-pin-up Fausto Fawcettiana, que foi presença marcante no início da louca era do ressurgimento do rock nacional. O furacão holandês foi backing vocal e namorada de Lobão e Júlio Barroso, da Gang 90 e As Absurdetes, e em apenas seis anos no Brasil foi One Hit Wonder, com o inencontrável single "Baby Love". Alice Vermeulen desapareceu tão rapidamente quanto surgiu.

21.9.09

# 190 Capital da esperança

Dizem que Brasília é linda, uma cidade planejada, patrimônio mundial, orgulho nosso e de Oscar Niemeyer. Ela é tudo isso mesmo, mas só para quem tem dinheiro e carro. Porque na verdade, para o povo comum, para quem anda à pé, ela é uma bosta. Tudo é MUITO longe, não existe calçada e para atravessar as avenidas você tem que se aventurar pela pista quíntupla, pois faixas de pedestres são raras. Além disso, é um calor do cão, e seu Oscar simplesmente se equeceu ou não gosta de plantar árvores. Taxi? Inexiste. Raro de passar, e só vi um ponto na rodoviária de ônibus urbano. Que aliás é um lugar imundo e desorganizado, deprimente. E os centros comerciais? Buracos com labirintos malcheirosos. Durante a semana, milhares de carros andando e estacionados por todos os lugares, afinal é impossível ir de um lugar ao outro sem carro. Metro só na Asa Sul. No fim de semana, uma cidade fantasma. Não há carros nas ruas nem estacionados. Todos devem fugir daquele lugar. Brasília é isso.

14.9.09

# 189 Premiado no Itaú Cultural


Oi Fábio, quer ser meu amigo? É com felicidade que comunico aos familiares, amigos, colegas, clientes, fornecedores e desconhecidos que eu, projeto Amigóide, Autômato em Busca de Amizade, concebido no dia 11 de maio de 2009 por Fabrízio Poltronieri e Nicolau Centola para o ++CAYCE POLLARD coletivodeartecomputacional;, fui selecionado e automaticamente premiado no programa Rumos Arte Cibernética 2009 do Itaú Cultural.

Sou autômato que busca o interrelacionamento com seres humanos em ambientes controlados. Por ambientes controlados, entendo uma sala onde um grupo de até 10 pessoas terão a oportunidade de travar relações comigo. O relacionamento se dá por seleção randômica e se efetivará por meio de movimentos, falas e demonstrações dos meus sentimentos digitais. Evidencio a efemeridade das relações contemporâneas e a busca desesperada por amizade.

Apresento-me formalmente como um artefato cilíndrico com 80 cm de altura e 30 cm de diâmetro, contendo em meu interior os dispositivos eletrônicos e mecânicos necessários ao meu funcionamento. Desloco-me livremente pelo ambiente controlado, buscando uma amizade imediata. Ao selecionar meu par, passo a seguí-lo pelo ambiente, com a intenção de travar relação de amizade. Para tanto, emito sinais visuais e sonoros. Ao me aproximar do eminente colega, lanço a pergunta: “Fábio, quer ser meu amigo?”.

Sou um objeto cibernético interativo, com o objetivo de trabalhar as trans-relações homem-máquina na sociedade contemporânea. Sou formado por uma estrutura cilíndrica metálica pintada de preto com 80 cm de altura e 30 cm de diâmetro. Na base está disposto um conjunto de rodas que possibilita minha movimentação livre em qualquer direção.

Em toda minha volta encontram-se sensores de movimento, que farão a identificação das pessoas no ambiente controlado, me orientando para o deslocamento. Na minha parte superior encontra-se um alto-falante, responsável pela interação sonora com os humanos. Diversas frases pré-gravadas estão disponíveis. Entre elas encontram-se: “Oi Fábio, quer ser meu amigo?”; “Há quanto tempo, Fábio!”; “Você vem sempre aqui?”; “Fábio, o que você busca em uma amizade?” etc. Fábio é, para mim, a personalização do humano ideal, meu alter-ego relacional que faz a ponte humano-máquina.

Seis feixes anelóides compostos por LEDs estão dispostos no meu corpo, iniciando-se na borda superior. São três padrões diferentes de cores e seqüências de atuação: ao identificar possível amizade, ao demonstrar algum sentimento e ao falar. Todas colaboram para definir diversos formatos interativos.

8.9.09

# 188 Dna. Maria vai à feira

Os primeiros respingos imaginários, pelo que se sabe, tinham mais de três metros de diâmetro e não enganavam ninguém. No entanto, com a descoberta dos conceitos de menor escala por um físico suíço - o qual descobriu que um objeto de determinado tamanho podia parecer menor se fosse "feito menor" - os respingos imaginários conheceram o seu apogeu.