14.9.09

# 189 Premiado no Itaú Cultural


Oi Fábio, quer ser meu amigo? É com felicidade que comunico aos familiares, amigos, colegas, clientes, fornecedores e desconhecidos que eu, projeto Amigóide, Autômato em Busca de Amizade, concebido no dia 11 de maio de 2009 por Fabrízio Poltronieri e Nicolau Centola para o ++CAYCE POLLARD coletivodeartecomputacional;, fui selecionado e automaticamente premiado no programa Rumos Arte Cibernética 2009 do Itaú Cultural.

Sou autômato que busca o interrelacionamento com seres humanos em ambientes controlados. Por ambientes controlados, entendo uma sala onde um grupo de até 10 pessoas terão a oportunidade de travar relações comigo. O relacionamento se dá por seleção randômica e se efetivará por meio de movimentos, falas e demonstrações dos meus sentimentos digitais. Evidencio a efemeridade das relações contemporâneas e a busca desesperada por amizade.

Apresento-me formalmente como um artefato cilíndrico com 80 cm de altura e 30 cm de diâmetro, contendo em meu interior os dispositivos eletrônicos e mecânicos necessários ao meu funcionamento. Desloco-me livremente pelo ambiente controlado, buscando uma amizade imediata. Ao selecionar meu par, passo a seguí-lo pelo ambiente, com a intenção de travar relação de amizade. Para tanto, emito sinais visuais e sonoros. Ao me aproximar do eminente colega, lanço a pergunta: “Fábio, quer ser meu amigo?”.

Sou um objeto cibernético interativo, com o objetivo de trabalhar as trans-relações homem-máquina na sociedade contemporânea. Sou formado por uma estrutura cilíndrica metálica pintada de preto com 80 cm de altura e 30 cm de diâmetro. Na base está disposto um conjunto de rodas que possibilita minha movimentação livre em qualquer direção.

Em toda minha volta encontram-se sensores de movimento, que farão a identificação das pessoas no ambiente controlado, me orientando para o deslocamento. Na minha parte superior encontra-se um alto-falante, responsável pela interação sonora com os humanos. Diversas frases pré-gravadas estão disponíveis. Entre elas encontram-se: “Oi Fábio, quer ser meu amigo?”; “Há quanto tempo, Fábio!”; “Você vem sempre aqui?”; “Fábio, o que você busca em uma amizade?” etc. Fábio é, para mim, a personalização do humano ideal, meu alter-ego relacional que faz a ponte humano-máquina.

Seis feixes anelóides compostos por LEDs estão dispostos no meu corpo, iniciando-se na borda superior. São três padrões diferentes de cores e seqüências de atuação: ao identificar possível amizade, ao demonstrar algum sentimento e ao falar. Todas colaboram para definir diversos formatos interativos.

2 comentários:

Ju Rodrigues disse...

Meu amigo nerd-louco! Que orgulho! =P

Willian Cruz disse...

Deve ser divertido soltar um desses num ambiente empresarial. Sem avisar o que é.